O governador José Serra anunciou nesta terça-feira, 09, o projeto de ligação seca entre Santos e Guarujá. O complexo de 4,6 km, sendo 1 km de ponte estaiada, irá beneficiar não só os 24 mil veículos que passam todo dia pela balsa, mas também os cerca de um milhão de pessoas que vivem em Santos, São Vicente e Guarujá.
No período de férias, esse contingente praticamente dobra, quando 1,3 milhão de pessoas segue com destino a toda Baixada Santista. Em feriados, a balsa chega a receber mais de 30 mil veículos/dia. “Com esta ponte nós vamos quebrar um gargalo que é muito importante aqui na região da Baixada Santista. Além disso, a ponte terá até um papel paisagístico”, explicou o governador. A ligação seca entre Santos e Guarujá irá substituir de vez a travessia de veículos pela balsa, facilitando a vida dos motoristas que trafegam entre as duas cidades diariamente.
Entre outros importantes benefícios à região, com a construção da ponte, estão uma maior segurança na navegação, em razão da redução do fluxo de balsas; o aumento da segurança e o conforto na travessia, incluindo o transporte coletivo mais rápido entre as duas cidades. “Nós vamos dar mais segurança para a pessoas e para os navios e mais rapidez, que são coisas fundamentais”, ressaltou o governador.
Estimadas em cerca de R$ 700 milhões, as obras terão duração prevista de 30 meses, após a assinatura do contrato. O projeto prevê duas faixas em ambos os sentidos, num total de 4,8 km de novas pistas, com um quilômetro de trecho estaiado. Segundo o governador, não está prevista a cobrança de pedágio e o “Estado vai dar conta de todos custos”.
Para atender às especificações do porto, a altura da ponte será de 80 metros, com declividade máxima de 6%. Do lado de Santos, o acesso à ponte será pela avenida Mário Covas, próximo à avenida Cel. Joaquim Montenegro. No Guarujá, será na avenida Santos Dumont, próximo ao rio Santo Amaro.
Atualmente, há duas formas de ir de Santos para o Guarujá: pelas rodovias Anchieta e Cônego Domenico Rangoni, num percurso de 45 quilômetros, ou por uma das sete balsas que operam na travessia diariamente e que, em 2009, transportou 8,6 milhões de veículos.