Rent os Boêmios

No mesmo estilo de Moulin Rouge – Amor em Vermelho
Rent é influenciado pelos anos 90, pelo menos na forma como aborda o amor, a arte e a Aids. Os personagens do filme lutam para serem alguém, mas querem que este sucesso aconteça num determinado local: a Avenida A. Eles alimentam esse sonho morando num velho prédio. O herói da história é Mark um aspirante a diretor de cinema recentemente deixado por uma performer que se liga com uma advogada. O colega de quarto dele, é um músico e um viciado em recuperação que perdeu um amor por causa da Aids e por isso reluta em se envolver com uma exótica dançarina que vive no andar de baixo. A Aids também assombra o amor perfeito entre Tom um instrutor de filosofia semi empregado com um doce travesti. Existe um terror oculto sob a face energética destes jovens. Eles não querem viver como formigas operárias, numa cultura onde ser excêntrico, ou diferente não é permitido. A doença, aliás, é uma metáfora da repressão deles. Impede-os de desenvolver melhor o espírito boêmio. E o funeral deste modo de vida é pronunciado pela melhor canção de Jonathan Larson (La Vie Boheme) o criador e compositor da peça. A música é um maravilhoso catálogo de sabores, idéias e atitudes que vão de cerveja levemente fermentadas aos filmes de Kurosawa, e com uma pitada de “Sontag e Sondheim e para tudo que seja tabu”