quinta-feira , 21 novembro 2024

Visite a cidade de Salto e aprenda tudo sobre o rio Tietê

A cidade de Salto até pouco tempo era desconhecida pelos turistas. A demora em inseri-la nos roteiros de viagem não está relacionada à falta de atrativos. Pelo contrário, Salto tem diversas atrações – principalmente naturais. A cidade abriga as maiores quedas de toda a extensão do rio Tietê e tem rochas sedimentares que comprovam a passagem de geleiras no Estado de São Paulo durante o período glacial. Por isso, se você ainda não programou a sua viagem para este final de semana, que tal conhecer Salto? A cidade fica a apenas 100 quilômetros da Capital.

O rio Tietê é a principal atração e os moradores se orgulham em dizer que é ali que o rio começa a se oxigenar. Um dos pontos mais visitados é a cachoeira batizada pelos índios guaianazes de Ytu-Guaçu que quer dizer Salto Grande – daí o nome da cidade. O melhor local para apreciá-la é a Ilha dos Amores – que como o próprio nome diz é o ponto de encontro dos casais apaixonados. Dali é possível admirar os jardins que foram concebidos, em 1958, pelo arquiteto João Toscano.

A importância do rio é tão grande para os moradores que ele até ganhou um memorial. Ali em uma ampla parede de vidro com 18 metros de extensão é produzido um mapa que vai da nascente à foz do rio. A visitante é bem didática: painéis, monitores e até um documentário de 30 minutos mostram tudo sobre o principal rio do Estado de São Paulo e alertam para a importância da recuperação dos trechos degradados e de sua preservação.

Ao sair do memorial, o turista tem duas opções: pode cruzar os 75 metros da ponte pensil, que foi construída em 1913, ou percorrer o caminho das esculturas. Ao todo, são seis obras do escultor Murilo Sá de Toledo que retratam em tamanho natural os personagens que fizeram a história do Estado: o bandeirante, o índio, o viajante, o padre Anchieta, o pescador e a operária. Ao longo do caminho, que é uma verdadeira aula de história ao ar livre, há painéis com informações sobre cada um desses personagens.

Para quem quiser conhecer um pouco sobre a história da cidade, a dica é o museu que funciona na antiga sede da sociedade italiana. O visitante conferir peças que remontam ao início da industrialização da cidade e da imigração italiana. Há ainda duas urnas funerárias indígenas (denominadas de igaçabas), uma biblioteca com livros raros e documentos que podem ser consultados mediante agendamento prévio.

Era glacial

Outra parada obrigatória é o Parque Rocha Moutonnée. A formação rochosa que dá nome ao local é um granito róseo que tem idade estimada cientificamente em 500 milhões de anos. Desde que foi descoberto em 1946 pelo geólogo Marger Gutmans, do Instituto Agronômico de Campinas, esse tipo de rocha é pesquisado por cientistas e pesquisadores. De acordo com esses estudos, essa formação surgiu durante a era glacial pela movimentação das geleiras. Além de Salto, esse tipo de rocha só é encontrada na Austrália, onde recebe o nome de Glacier Rock. Os cientistas afirmam que isso comprova que um dia, há aproximadamente 300 milhões de anos, a América do Sul, África, Austrália, Antártida e Índia formavam um único continente: o Gondwana.

Como chegar

As principais vias de acesso são as rodovias Castelo Branco (SP-280) e Bandeirantes (SP-348). Quem optar pela primeira, deve tomar a Rodovia do Açúcar (SP-308) para chegar a Itu e Salto. Já para quem vai pela Bandeirantes, o melhor caminho é seguir até Jundiaí e entrar na rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto. A saída de São Paulo, pela Castelo Branco, costuma apresentar tráfego intenso, as sextas-feiras e vésperas de feriado.

Para conferir como está o trânsito nas estradas, acesse os sites da Secretaria Transportes (http://www.transportes.sp.gov.br) e do DER (http://www.der.sp.gov.br). O internauta pode ver o fluxo graças às 33 câmeras espalhadas pelo Estado que transmitem imagens em tempo real.

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